17. O ESGOTO
(parte 2)
Ao iniciar as obras da minha casa, nunca imaginei que os esgotos seriam uma das maiores preocupações. Infelizmente, a empresa do “Luís Marinho” deixou os esgotos com problemas graves, o que nos obrigou a buscar ajuda. A situação tornou-se um testemunho vivo da importância crucial do conhecimento técnico e do profissionalismo na construção civil.
Não é necessário fazer uso excessivo de sabedoria nem do conhecimento para verificar, como mostra nas fotos ao lado que o tubo de esgoto não tinha inclinação suficiente para escoar as águas sujas e dejetos.
Ora vamos lá fazer umas simples contas, os entendidos em construção de sistemas de esgoto recomendam a inclinação mínima de 2% com tubos de diâmetro superior a 100 mm. Aqui em casa conseguiram deixar uma inclinação próxima de 1% nos primeiros 6 metros e no comprimento restante um valor superior a 3,5%.
Claro que o resultado desta inclinação foi um problema grave de escoamento. Relembro que o sistema de esgoto foi refeito na totalidade pela equipa maravilha do Luís Marinho.
Este erro poderia ter sido resolvido pelo Luís Marinho, mas não foi. A vala que foi aberta para fazer este mau trabalho foi reaberta semanas mais tarde para trocar a tela que protegia os alicerces da casa, que estava instalada junto ao tubo de esgoto. Portanto, posso afirmar que paguei para abrir a vala duas vezes. Isto porque a primeira tela colocada e a mando do Luís Marinho era uma manga plástica como a utilizada na agricultura. As ruturas nesta dita tela foram visíveis logo no momento da instalação. Mais uma vez tive que recorrer às pessoas com conhecimento e sabedoria que indicaram a tela correta a instalar. Claro que volto a pagar para trocar a tela. Agora o esgoto já está refeito. Foi conseguida uma inclinação superior a 7% porque usaram o desnível total de 1,83 m.
Em última análise fica evidente a falta de competência da empresa do Luís Marinho e da sua equipa maravilha. Deixo-vos com uma frase do arquiteto e designer Charles Eames: “Na construção dos nossos sonhos, um mau profissional é como um alicerce frágil”